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O Hamburgo, tradicional time alemão, ostentou por muitos anos um relógio em seu estádio. Todavia, com o rebaixamento do clube, o relógio do Hamburgo passou a contar a data de fundação do clube invés de contar apenas sua história na primeira divisão.
Nada é para sempre, já dizia o ditado. Cássia Eller ainda afirmaria que o pra sempre, sempre acaba. E para o Hamburgo, também acabou. Um clube acostumado com grandes feitos e títulos de expressão como a Champions League e a Bundesliga, acabou sendo cobrado pelos resultados ruins. Mas calma, não é sobre o fim do clube. Há luz no fim do túnel.
Ostentando um relógio digital em seu estádio que contava os 54 anos na primeira divisão, o Hamburgo se orgulhava de ser o único time a ter disputado todas as edições da Bundesliga sem nunca ter sido rebaixado. Um dos clubes mais tradicionais da Alemanha mantinha um feito que os outros times como o Bayern de Munique e o Borussia Dortmund já não gozavam.
Mas nos últimos anos o cenário do Hamburgo era completamente diferente dos anos de glórias. A partir de 2012, o clube começou a sentir seriamente o risco de ser rebaixado pela primeira vez. Os resultados ruins colocavam em cheque a continuidade do time na elite do futebol alemão. Durante a última década, escapar do rebaixamento era a principal missão. Títulos e vagas em competições europeias se tornaram algo distante.
12/05/2018: o relógio do Hamburgo zerou
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Como a angústia de ver um paciente internado, a torcida sentia que o pior estava por vir. Em 2018, não teve jeito. Depois de 54 anos, 260 dias, 22 horas, 28 minutos e 21 segundos na primeira divisão, o relógio do Hamburgo parou. O clube foi rebaixado pela primeira vez em sua história. Em um misto de apoios e protestos, que mais balanceou para o lado dos protestos, a torcida do Hamburgo virou a capa dos jornais. Com o estádio lotado, sinalizadores foram lançados ao gramado e a polícia alemã teve que se posicionar para evitar invasões.
Touching scenes in the Volksparkstadion, as many fans stayed to applaud the team. To all of you we say, THANK YOU! 💙 #nurderHSV
— HSV English (@HSV_English) May 12, 2018
Mas se o destaque por muito ficou por conta das confusões, podemos cortejar aqui a festa da torcida. Mesmo após o episódio dos sinalizadores, a maior parte dos torcedores continuaram no estádio cantando músicas de amor ao clube até o fim. Hoje em dia, não é tão diferente. A torcida é como uma alma que sustenta o clube na tentativa de voltar para a elite do futebol alemão.
Processo de retomada
Enfim, acontece. Era o último clube que faltava ser rebaixado na Alemanha e já era esperado. Contudo, o que também se esperava, era que esse momento fosse passageiro, com o clube retornando para a primeira divisão na temporada seguinte. O que não aconteceu. O clube chegou a ser campeão do primeiro turno, mas depois disso, teve dificuldades ao longo da segunda divisão e soube com duas rodadas de antecedência, que continuaria jogando no segundo escalão europeu na atual temporada.
Atualmente, o clube se encontra na terceira colocação, última posição de acesso para a primeira divisão. Entretanto, com a paralisação do futebol por conta do novo coronavírus, o futuro ainda é incerto. Caso a atual temporada não volte, a federação alemã espera não rebaixar ninguém da Bundesliga, mas pensa em promover os times da segunda divisão e fazer a temporada seguinte com mais equipes.
Para o Hamburgo, a história precisou ser reescrita. Em um primeiro momento, pensaram em desativar para sempre o relógio, porém, após olhar para a gloriosa história do time, recomeçaram a contagem a partir do momento da fundação do clube. Certamente, nem só de primeira divisão vive um time campeão europeu e vice-campeão mundial.