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Profissional de confiança dos técnicos, o analista de desempenho serve para recolher dados de atletas do clube e adversários. Como Ramón Díaz, do Botafogo; Rogério Ceni, do Flamengo; e Abel Braga, do Internacional, que levaram profissionais próprios
Em algum momento, você imaginaria que a tecnologia seria protagonista do futebol? Se por um lado temos o polêmico VAR, do outro há a ciência de dados, muito elogiada por atletas e, especialmente, técnicos. Contudo, o grande ponto positivo dessa modernidade é a possibilidade de aumento de performance em um contexto geral da equipe.
O profissional deve compreender as variáveis e os aspectos que interferem na atividade esportiva, além de entender o processo necessário em um treino e dentro de uma partida. Por isso, o analista de desempenho é peça-chave e de confiança de cada treinador. Recentemente, aqui no Brasil, tivemos algumas trocas de técnicos: Ramón Diaz no Botafogo; Rogério Ceni no Flamengo; e Abel Braga no Internacional. Todos levaram na comissão pelo menos um profissional da área.
O que faz o analista de desempenho?
A análise de desempenho no futebol é basicamente um meio para conhecer melhor o próprio time e o adversário de cada partida. Ou seja, é necessário ter um profissional que seja responsável pelo recolhimento de informações de treinos e jogos, analisar, traduzir e transmitir ao técnico os resultados. De forma mais direta, o analista de desempenho serve para ser esse condutor de dados e, por isso, deve ser um conhecedor aprofundado de conceitos e conteúdos do esporte e capaz de interpretar e colher dados qualitativos e quantitativos, tanto de cada jogador quanto da equipe toda.
Em entrevista ao portal Roma News, o analista de desempenho do Flamengo, Carlos Eduardo Furtado, o Cadu, conta que o trabalho busca identificar o porquê das ações durante o jogo terem acontecido.
“Estudo as ações qualitativas da equipe, buscando entender a ideia de jogo do treinador, observando as qualidades e deficiências da equipe. Assim também, faço esse estudo geral de ambos os lados”, explica Cadu.
Como já foi apresentado no site (aqui), os clubes europeus já possuem a cultura de profissionalizar essa análise dos dados e da performance dos atletas, resultando em maior ganho esportivo. Posto que, gigantes, como Barcelona e Bayern de Munique possuem, respectivamente, 21 e 18 analistas. Surpreendentemente, por outro lado, a média dos times brasileiros é de apenas dois. Inclusive, sobrecarregando-os.
Importância
Para se ter uma ideia da importância do analista de desempenho, existem três momentos primordiais para o uso dos dados: contratação de um jogador, estudo da equipe e estudo do adversário.
- Na contratação, ele recolhe informações do jogador desejado com números de jogos, gols, mapa de calor em campo, passes certos, passes errados, desarmes, dribles… deste modo, é possível analisar o que realmente pode se esperar do atleta. Assim, há ainda a possibilidade de saber o nível de condicionamento físico e se costuma ter lesões.
- No estudo do adversário, o analista tem a função de dar informações ao corpo técnico sobre pontos negativos e positivos do oponente. Com a finalidade de criar estratégias, jogadas e escolher jogadores que possam se encaixar melhor para o tipo de jogo.
- No estudo da equipe, o profissional deve conhecer intimamente cada jogador. Outro ponto importante é o recolhimento de dados para saber qual equipe está sendo mais eficaz, quais jogadores rendem mais ou menos juntos.
O líder do setor de analise de desempenho do Fortaleza, Leandro Costa, resumiu ao ge.com o trabalho realizado. “Focamos no estudo do mercado e colocado em dia jogos, análises, jogadores que são oferecidos, jogadores que foram mapeados em outros momentos. Isto é, sempre estudando as melhores opções”, explica.