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A globalização se mostra presente no futebol. Seja por questões financeiras ou técnicas. Aproveitando o maior poderio financeiro do Brasil diante de outros países sul-americanos, nossos clubes intensificaram a “imigração” nos últimos anos. Entretanto, diferente de países europeus, existe um limite de gringos no futebol brasileiro.
Com grandes ídolos estrangeiros, nossos clubes se acostumaram a contar com eles em seus elencos. O campeonato brasileiro beira a marca de 70 gringos a cada ano. Número que cresce naturalmente. Isso se deve muito as condições financeiras dessas equipes. Assim como outros continentes contratam nossos jogadores com facilidade, os times brasileiros também contratam atletas da América do Sul com certa tranquilidade.
A diferença vai desde as condições do país até o limite de estrangeiros de determinado campeonato. A Premier League (Campeonato Inglês) por exemplo, é a competição mais rica do mundo, movimentando números bizarros. Eles praticamente vivem de gringos. Por lá, 70% dos jogadores são estrangeiros.
Os países Europeus são bem mais liberais em relação ao número de jogadores gringos nas equipes de futebol. Na Alemanha por exemplo, não há limite para estrangeiros no elenco e nem em campo. O Ingolstadt conseguiu escalar um time com jogadores de onze nacionalidades diferentes. No Campeonato Brasileiro, isso é inviável.
Existem ressalvas em diferentes países para a contratação de jogadores, como acordos geográficos e até políticos, como o Brexit, que pode acabar alterando bastante o futebol Inglês. Ainda assim, o Brasil fica atrás dos demais em relação a abertura para o mercado estrangeiro.
O limite de gringos no futebol brasileiro
A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) não limita o número de estrangeiros inscritos nos campeonatos, mas impõe algumas restrições. Até 2013, o número de gringos que podiam atuar juntos em uma partida no Brasil, era de apenas 3. Entretanto, com a movimentação do mercado e a pressão dos clubes por mudança, esse limite foi estendido para 5 atletas. Tanto relacionados, como jogando.
Normalmente, os clubes acabam passando desse número e são forçados a escolher os principais. Atualmente, o Botafogo conta com o maior número de estrangeiros da história do clube: 6 no total. Um paraguaio, um argentino, um uruguaio, um peruano, um equatoriano e um japonês. Além deles, existe a expectativa da chegada do sétimo: Yaya Touré, da Costa do Marfm.
Para driblar a situação, os times acabam emprestando os que estão com menos espaço no elenco ou até mesmo negociando com outros clubes.
Assim como o aumento no número de estrangeiros no futebol alemão aumentou a quantidade de público nos estádios, uma expansão de nacionalidades no futebol brasileiro aumentaria a exposição e, consequentemente, o engajamento do futebol brasileiro diante do mundo.
O já citado Botafogo é um exemplo de equipe que enxergou essa possibilidade quando começou a procurar investidores. Depois de contratar Seedorf em 2012 (a maior contratação de um Europeu na história do futebol brasileiro), o clube trouxe o japonês Honda, a maior contratação de um asiático na história do futebol brasileiro. E assim, vai expandindo sua marca por diferentes continentes.
Não há necessidade de querer se equiparar com a Alemanha por exemplo, talvez nem seja vantajoso, pois demanda um grande trabalho de gestão de grupo e sabemos que não estamos preparados. Mas seria interessante uma maior abertura nesse limite imposto pela CBF, mesmo que seja para focar no mercado sul-americano.