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Quando Guardiola trocou o Bayern pelo Manchester City, ele chegou a tentar levar Kathleen Krüger para a Inglaterra, entretanto, teve o convite recusado. Ela se sente em casa no Bayern e tem o total apoio e respeito de quem passa pelo clube.
Mesmo sendo campeão de tudo que disputou na temporada 2019/20, nem todos os responsáveis pelo sucesso do Bayern de Munique aparecem por aí. É o caso de Kathleen Krüger, “team manager” do clube alemão. Ela é uma espécie de “faz tudo” e praticamente manda no dia a dia bávaro. O respeito por ela é tão grande, que quando Hans Flick, treinador do Bayern, foi questionado de que forma iriam comemorar o título da Bundesliga, ele respondeu: “Não sei, vamos ver o que Kathleen nos deixa fazer e o que não”.
Independente do que a gestora tenha deixado fazer ou não, continuou dando certo. Depois do título nacional, foi a vez do Bayern vencer a Champions League. Desde 2018, Kathleen Krüger vem ganhando cada vez mais espaço com os últimos treinadores, chegando a ficar na beira do campo durante os jogos. Contudo, nem sempre foi assim. Em 2012, o diretor esportivo do Bayern quis demiti-la. Todavia, Jupp Heynckes, técnico do Bayern na época, disse: “Se a Kathleen for embora eu também vou”. Na ocasião, o Bayern também venceu a Champions League, na temporada 2012/13.
A história de Kathleen entretanto, não começou como gestora. Desde pequena ela sempre foi apaixonada por futebol e pelo Bayern de Munique. Não demorou muito para se tornar uma atleta profissional. Contudo, o sonho durou pouco, pois o futebol feminino não rendia dinheiro suficiente para manter a dedicação. Por isso, abandonou a carreira cedo, aos 24 anos, e foi estudar gestão internacional.
Uma vida dedicada ao Bayern de Munique
Mesmo encerrando a carreira precocemente, Kathleen não encerrou seu vínculo com o Bayern. Aliás, ela tinha o clube como uma família. Enquanto estudava, a ex-jogadora continuava trabalhando no time alemão, mas dessa vez, na parte mais operacional da equipe feminina. O bom desempenho no clube acabou gerando uma grande mudança na nova carreira. Em 2009, Christian Nerlinger, então diretor esportivo do Bayern, convidou Kathleen para ser sua assistente. “Fiz um contrato de experiência de três meses e consegui o emprego. Era o que sempre quis (trabalhar com futebol) mas era realista para saber como havia poucas oportunidades. Trabalhar com o meu esporte, o meu time é como se eu tivesse ganhado na loteria!”, ela comemora.
“É ela que mantém a equipa unida. Não importa que problemas possamos encontrar”. – afirmou Thomas Müller.
Hoje, Kathleen Krüger tem sua sala exclusiva no centro de treinamento do Bayern de Munique, onde costuma dar conselhos aos jogadores. Na época em que ainda jogava no Bayern, Ribéry fez questão de falar sobre a importância de Kathleen para o grupo: “Ela é uma mulher autoconfiante, independente e forte. Que não quer ser melhor que ninguém e sabe o que é capaz de fazer. Somos muito privilegiados por tê-la conosco, porque sem ela, provavelmente, metade dos jogadores iriam perder-se”. Para Kathleen, o fato de ter sido jogadora ajuda nesse contato, pois ela entende bem o lado dos atletas, como a mesma lembra: “Desde o início eu passei meu tempo com os jogadores e tento ver pela perspectiva deles, mas também da perspectiva do treinador e dos médicos”.
O Bayern de Kathleen Krüger
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Hoje, Kathleen é responsável por toda a parte administrativa do Bayern de Munique. Tanto do time masculino, quanto do time feminino. Ela trabalha a semana inteira e ainda se dispõe a ajudar fora do horário de trabalho caso precisem, o que pra ela, não é um problema: “É o acordo que aceitei. Eu nunca reclamaria. Gosto muito do meu trabalho para isso”, contou.
Quando Pep Guardiola trocou o Bayern pelo Manchester City, ele chegou a tentar levá-la para a Inglaterra, entretanto, teve o convite recusado por ela. Desde que Kathleen passou por uma crise interna há oito anos, ela conquistou a sua segunda tríplice coroa. Mas como vimos anteriormente, a história dela com o clube alemão não começou nem agora, nem há oito anos atrás. Kathleen se sente em casa no Bayern de Munique, onde chegou aos 18 anos e tem o total apoio e respeito de todos os profissionais que passam pelo clube.