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Flávio Amendola relembra matéria em supermercado, se diz realizado como jornalista, mas traça também, novos objetivos de uma carreira que está apenas no começo.
Completando oito anos de jornalismo em 2021, Flávio Amendola cobriu diversos clubes, apresentou programa e ganhou projeção em grandes emissoras de televisão. Mesmo com essa bagagem, Flávio é um repórter da nova geração, que chega antenada às mudanças. Entre elas, ele divide o tempo de repórter da Band com o seu novo canal no YouTube, que estreou esse ano.
Em entrevista para a PressFut, ele contou um pouco sobre a carreira e os novos desafios. Confira a entrevista na íntegra:
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Em que momento você decidiu ser jornalista? Sua intenção sempre foi o segmento esportivo?
R: Eu sempre quis ser jogador de futebol. Inclusive tentei ser jogador quando era mais novo e morava em Resende.
Quando cheguei a conclusão que não seria um jogador, conversando com a minha mãe, ela me sugeriu trabalhar com esporte. Eu sempre gostei, sempre acompanhei e via muito o Eric Faria e Renato Ribeiro na programação da Globo. A partir daí, comecei a me interessar mais e decidi uns dois anos antes de entrar na faculdade que gostaria de ser um jornalista, preferencialmente no segmento do esporte.
No fim das contas é aquela coisa, né?! A gente tá preparado pra jogar em todas. Seja no esporte ou no geral.
Quando seu cinegrafista acha que vai te pegar desprevenido… pic.twitter.com/MLCf7WIu8n
— Flávio Amendola (@flavioamendola) September 19, 2019
O mundo do streaming não é papo de futuro. É o presente!
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Após a recente despedida da Fox Sports, você criou o “Canal do Amendola” no YouTube. Qual sua intenção com o canal, e como você enxerga esse movimento de jornalistas esportivos migrando e/ou expandindo para a web?
R: Não só nós jornalistas, mas todos os profissionais de todas as áreas precisam estar antenados em relação as mudanças na profissão.
A ideia de um canal já vinha há um tempo mas, em virtude do meu contrato com a Fox, eu era impedido. A partir do momento em que meu vinculo se encerrou, botei pra frente.
Eu acho que quem tem a ganhar é o Youtube. Cada vez mais colegas, muito competentes, migram também para o YT, além de outras redes. Embora a dinâmica seja bem diferente da que encontrávamos na TV, a adaptação é gradativa. Aos poucos vamos entendendo como funciona essa ferramenta, os algoritmos, e seguimos em frente.
O mundo do streaming não é papo de futuro. É o presente!
https://youtu.be/Cw3GpsAAAW4
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Tanto na Fox Sports quanto na Band, emissoras em que você se tornou nacionalmente conhecido por seu trabalho, você ocupou e ocupa a função de repórter. O que você pode nos dizer sobre a função corrida de um repórter no dia a dia dos clubes? Quais as maiores dificuldades e os maiores privilégios?
R: São muitos os desafios. E esses desafios começam na própria redação, na criação de um VT, uma entrada ao vivo… então eu digo que a preparação de um repórter começa no dia anterior, no mesmo momento em que você recebe a sua pauta. A partir deste momento, você começa a pensar em diversas situações que podem ser interessantes pro conteúdo que você vai gerar no dia seguinte. É claro que muitas situações acontecem no próprio dia, quando você está num CT cobrindo a atividade. Mas chegar municiado de informações e preparado é o principal para um repórter, sem depender de pauta ou algo do gênero.
Como eu sou um amante do futebol, pra mim o privilégio é diário. Poder contar histórias e noticiar informações de um assunto que vejo todos os dias é muito prazeroso.
Sobre dificuldades, todos têm. Seja ela na emissora em que você trabalha ou aquelas impostas por assessorias. Mas com calma tudo se resolve.
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Em sua carreira de jornalista esportivo, você já cobriu grandes eventos. Entre entrevistas, cobertura de jogos, reportagens e viagens, qual foi a coisa que mais te marcou?
R: Eu gosto de falar como uma coisa só. Eu tive a oportunidade de cobrir jogos de futebol, basquete, vôlei, hipismo e conhecer personalidades incríveis, como Zico, Roberto Dinamite, Romário, Edmundo, Gabriel Medina, Marcelinho Machado, Torben Grael e por aí vai…
No entanto, o que mais me marcou foi a minha primeira entrevista exclusiva que foi com o Zico, no CFZ, em 2013.
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Além do futebol brasileiro, quais ligas você costuma acompanhar em seu tempo livre? Alguma preferida?
R: Gosto de futebol em geral. Das principais ligas europeias eu assisto quase tudo quando estou em casa. Inglês, espanhol e alemão. Francês e italiano assisto não com tanta frequência.
Um campeonato que tenho visto com mais frequência recentemente é o argentino.
Como um bom jornalista, se estiver passando Série B do Brasileiro ou um Brighton x Sheffield United, também fico na frente da televisão.
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Quais são as suas principais referências dentro do jornalismo esportivo?
R: Eric Faria e Renato Ribeiro
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O conhecimento que a gente adquire é nosso, pra sempre e ninguém pode nos tirar.
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Qual a melhor dica para os estudantes de jornalismo que pretendem seguir na área esportiva? O que você recomendaria para o Flávio Amendola do passado?
R: A melhor ideia que eu posso passar pra quem quer seguir esse caminho é a resiliência. Você vai encontrar muitos “nãos” por ai, não tem jeito. A partir daí você vai criando uma casca e consegue lidar melhor com situações profissionais e pessoais também.
Além disso, é importante sempre estar preparado para o que vem pela frente. Pode ser uma oportunidade magnifica surgindo do nada, uma demissão ou até mesmo uma promoção. Então é extremamente necessário você sempre estar atento, antenado e conhecer o seu segmento de forma profunda. O conhecimento que a gente adquire é nosso, pra sempre e ninguém pode nos tirar.
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Para finalizar: se sente realizado na profissão? Quais são seus próximos objetivos na carreira?
R: Em 2021 eu completo 8 anos de jornalismo. Já apresentei programa, cobri futebol amador e fiz matéria em supermercado.
Posso dizer que sim, me sinto realizado mas ainda quero viver muita coisa.
Quero cobrir in loco jogos importantes de Libertadores e Copa do Mundo, por exemplo. Além de Mundial de clubes.
A minha carreira está só no começo e espero viver muitas experiências novas até o fim da vida.