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Aprovado na Câmara dos Deputados, lei que regulamenta a profissão de executivo de futebol segue para análise no senado. O PL 7396/2017 estabelece a exigência de conclusão em curso de formação em gestão ou de formação de executivo.
Recentemente foi aprovado pela Câmara dos Deputados a Lei que regulamenta a função de Executivo de Futebol. Uma indústria que movimenta milhões de reais e possui alguns expoentes, como: Edu Gaspar (Arsenal), Rodrigo Caetano (Atlético-MG) e Alexandre Mattos (ex-Cruzeiro). Todavia, até então, a profissão não é regulamentada no Brasil.
Contudo, essa questão está perto de mudar. A proposta do deputado Alex Manente (Cidadania-SP) define o executivo de futebol como:
“Qualquer profissional de futebol remunerado e com dedicação exclusiva que ocupe o cargo de diretor, executivo, diretor executivo, superintendente, gerente, supervisor ou coordenador de futebol de departamento profissional ou amador, ou de divisão de base.”
Mas para a profissão ser de fato regulamentada, o projeto de lei ainda precisa passar pelo Senado e, enfim, ser publicado no Diário Oficial da União. Por enquanto, não há data definida.
Outros pontos da lei:
Segundo a Agência Senado, o curso exigido para exercício da profissão deverá ter o reconhecimento de entidades que compõem o Sistema Nacional do Desporto ou de instituição de ensino superior, e os profissionais que já tenham exercido o cargo por um mínimo de quatro anos, antes de vigência da norma, terão 36 meses para a conclusão do curso de formação.
Ainda segundo a Agência, o projeto permite o uso da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) ou de regulamento específico estipulado no texto. Essas regras preveem remuneração pactuada em contrato de natureza especial, com vigência mínima de três meses; férias anuais remuneradas de 30 dias, com abono de férias em data a ser compactuada pelas partes; remuneração mensal, prêmios, bonificações e valor das luvas; e repouso semanal remunerado de 24 horas ininterruptas. Outros termos do projeto regulamentam os direitos e deveres dos executivos de futebol e as multas indenizatórias em caso de rescisão de contrato.
A badalada função de Executivo de Futebol
Podemos considerar a função de executivo de futebol como uma profissão recente. Ela surgiu nos últimos anos a partir da evolução do esporte. Entre outras funções, ela é responsável por gerir departamentos, contratar jogadores e administrar orçamentos. Nada que os velhos cartolas já não faziam, mas agora, de forma profissional. Tudo separado por cargos que, de preferência, tenham qualificação para exercê-los. Ou seja, é uma tendência.
Segundo Daniel Pinilla (El Método Monchi pag.164) atualmente, existem quatro tipos de profissionais que exercem a função de Executivo de Futebol:
- Os que fazem as coisas (antecipam situações e desenvolvem os processos);
- aqueles que acompanham o que acontece (despreocupados com o momento, deixam as coisas acontecerem da forma que vinham sendo conduzidas, sem responsabilidade com o futuro próximo);
- existem os que estão tão preocupados com seu status no mercado que não observam questões importantes e, passado o tempo, questionam sobre o que aconteceu;
- e por último existem profissionais que não fazem absolutamente nada e acabam atrapalhando o desenvolvimento do clube.
Portanto, esses profissionais precisam ser flexíveis. O interesse pela formação é crescente. A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) por exemplo, oferece curso para a função. Aliás, 76% são menores de 45 anos. A Abex (Associação Brasileira dos Executivos de Futebol) conta com cerca de 90 filiados. Segundo a Universidade do Futebol, um dos principais centros de formação no futebol brasileiro, cerca de dois mil alunos se formaram no curso nos últimos oito anos.
Como trabalhar em um clube de futebol?
Talvez essa seja a parte mais difícil. Justamente por ser uma função nova, não existe um caminho certo a ser trilhado. Todavia, os cursos são importantes para fazer contatos e achar novas oportunidades. Em entrevista ao “Estadão”, o executivo do Atlético-MG, Rodrigo Caetano, falou sobre o assunto.
“Um caminho importante é começar pelas categorias de base e investir em rede de contatos. Algo importante para um executivo é ter muito comprometimento e não se deixar levar por opiniões externas sobre o seu trabalho.” – afirmou Caetano.
Ou seja, o caminho não é muito diferente das demais profissões dentro do futebol. Contudo, o mercado ainda é um pouco fechado. Mas nada que não evolua nos próximos anos. O executivo de futebol é um profissional do presente, mas que retrata o futuro.