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Cruzamento na área é o pior fundamento do futebol brasileiro. Justamente um dos países que mais abusam do quesito.
“Bola na trave não altera o placar, bola na área sem ninguém pra cabecear…” Assim começa a famosa música da banda Skank. Uma pitada de crítica valiosa para o futebol brasileiro. Inclusive no ano de 2021.
Após entrar na polêmica sobre o escanteio curto (clique aqui para ler a matéria), chegou a hora de falar sobre o ineficaz cruzamento na área. Na primeira divisão do campeonato brasileiro em 2021, o melhor time no quesito acerta apenas 26% dos cruzamentos. Já o pior, acerta 16%.
Entre os motivos da baixa eficácia, estão: mais defensores do que atacantes dentro da área, o cabeceio é mais difícil do que o chute e um dos defensores pode agarrar a bola com a mão. Entretanto, o ponto da discussão é: mesmo sendo o pior fundamento do futebol brasileiro, existem equipes que só possuem esse recurso para atacar.
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A ineficácia do cruzamento na área
Antes de mais nada, é importante ressaltar que a ineficácia dos cruzamentos não tem relação com a técnica dos jogadores. Isso porque, basta pegar os números dos principais campeonatos europeus, que a taxa de acerto continua muito baixa.
Em uma análise das 5 principais ligas europeias na temporada 2017/2018, 56.5% dos cruzamentos terminaram com o contra-ataque adversário. Apenas 3,3% geraram gols. Na Copa do Mundo da Rússia, os números são bem parecidos. 53,8% dos cruzamentos na área geraram contra-ataque para o adversário e 2,7% geraram gols.
Ou seja, esses números também ajudam a entender o motivo da preferência de algumas equipes pelo escanteio curto, como já citamos anteriormente. Mas no caso, não estamos falando apenas de escanteios, e sim de qualquer cruzamento na área, o que piora ainda mais as estatísticas.
Mas é o único recurso?
Por evolução, o futebol tem se tornado um esporte onde a defesa se sobrepõe ao ataque em jogadas desse tipo. Por isso, vemos cada vez menos equipes jogando a bola pro alto na Europa. Para técnicos como Mourinho, um cruzamento direto é como devolver a bola para o adversário. E os números não mentem. Ou seja, ele está certo!
Contudo, a bola área está extremamente presente no futebol brasileiro. Infelizmente, por falta de recursos de uma equipe, o cruzamento na área acaba tornando-se um refúgio para os jogadores que não sabem o que fazer com a bola.
Portanto, podemos citar a Chapecoense: a equipe é a quinta com o maior aproveitamento de cruzamentos na área no brasileirão. Todavia, sua eficácia é de apenas 23% e não gera gols para a equipe, que é a última colocada e não venceu nenhum jogo em 17 partidas.