seleção brasileira feminina levantando a taça em 2018 da copa américa feminina
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Novidades na Copa América Feminina 2022

Taís Miotti
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A Copa América Feminina de 2022 contará pela primeira vez com a premiação em dinheiro às duas primeiras colocadas, além de ser realizada a cada dois anos a partir deste.


História da Copa América

Foi criada pela Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL) e disputada pela primeira vez no ano de 1991, em Maringá/PR, contando com a participação do Brasil, Chile e Venezuela. Já na segunda edição, que ocorreu em 1995, organizada em Minas Gerais, participaram pela primeira vez Argentina, Bolívia e Equador. Mais tarde, na terceira edição, realizada na Argentina, houve a participação das dez seleções da confederação, incluindo a estreia da Colômbia, Paraguai, Uruguai e Peru. A partir da edição de 2010, o torneio passou a ter oficialmente o nome de Copa América Feminina.

O torneio serve como eliminatória para a Copa do Mundo, desde 2006, e também aos Jogos Olímpicos. Nas duas primeiras edições, apenas a vencedora se qualificava à Copa. Já na terceira, a campeã passou a se classificar automaticamente, enquanto que a seleção vice teve que disputar uma partida de playoff contra uma equipe da Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (CONCACAF). A partir da quarta edição, as duas primeiras passaram a se qualificar automaticamente à Copa. Do mesmo modo, desde 2010 o torneio também convém como qualificação às 4 vagas que a confederação possui nos Jogos Pan-americanos. Também são realizados campeonato para as seleções Sub-20 (desde 2004) e Sub-17 (desde 2008).

Por ter se sagrado campeão em sete das oito edições já disputadas, o Brasil é o maior vencedor do torneio. Até 2018, quando aconteceu pela última vez, o país só foi derrotado em dois jogos, ambos contra a Argentina, uma em 2014 e a outra na partida final do campeonato, em 2006.

Foto: Lucas Figueiredo/CBF

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Novidades para a Copa América Feminina 2022

Na tarde da última quinta-feira (07/04), foi realizado o sorteio que definiu os grupos da edição deste ano da Copa América Feminina. Em sua nona edição, a competição contará com a presença de 10 seleções da América do Sul. Além disso, será disputada entre 08 e 30 de julho de 2022, em três cidades da Colômbia: Cali e Armênia receberão um grupo cada, enquanto Bucaramanga será sede das partidas de mata-mata.

Atual campeão, o Brasil foi cabeça de chave no grupo B do sorteio, que teve a Colômbia (país-sede), ocupando o mesmo posto no Grupo A. A Copa América possui três vagas diretas à Copa do Mundo FIFA da Nova Zelândia e da Austrália 2023. O campeão continental também se classifica automaticamente para os Jogos Olímpicos de Paris 2024. Ademais, já em 2020 foi anunciado que o torneio será realizado a cada dois anos a partir de 2022.

Em função das posições dos times no grupo, a Seleção Brasileira também já sabe a ordem dos confrontos da fase inicial. O Brasil estreia contra a Argentina e após enfrentará Uruguai, Venezuela e Peru. As duas melhores equipes de cada grupo se classificam para as semifinais (1º A x 2º B, 1º B x 2º A).

A grande novidade é que, pela primeira vez na história, as campeãs receberão premiações em dinheiro. A campeã receberá $1,5 milhão (R$ 7,1 milhões) e a vice $500 mil (R$ 2,3 milhões).

“A fim de potenciar e dar maior competitividade a este grande torneio, gostaria de anunciar a grande notícia de que pela primeira vez na Conmebol Copa América feminina concederemos 1,5 milhão de dólares para a seleção que erguer o belo troféu e 500 mil dólares para a equipe que alcançar o vice-campeonato. Queremos que nossa competitividade no futebol feminino seja ainda melhor do que a obtida no futebol masculino, mas para isso não é suficiente somente uma CONMEBOL Copa América, senão que devemos elevar o perfil de cada competição do futebol feminino em nosso continente”.- Alejandro Domínguez, presidente da CONMEBOL.

Para Domínguez, essa mudança significa progresso na categoria e tem papel importante no desenvolvimento do futebol feminino continental a partir do aumento da competitividade e profissionalização.

Taís Miotti

Economista falando de futebol nas horas vagas.
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