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A United Soccer League, uma das maiores organizações de futebol da América do Norte, anunciou na terça-feira a criação da a USL Super League. Essa liga profissional feminina da Segunda Divisão nos Estados Unidos faz parte de um plano de expansão da USL.
Com ela, a organização pretende um caminho sem precedentes para as jogadoras – desde jovens a profissionais – dentro de um ecossistema. Essa liga profissional será subordinada à Liga Nacional de Futebol Feminino. Assim, até 2023, a NWSL continuará a ser a única liga feminina nos Estados Unidos com a designação da Divisão I da Federação de Futebol dos Estados Unidos.
Mas, quando começar, a Super Liga da USL proporcionará novas oportunidades. Ela promete trazer maior atenção para jogadoras, torcedores, treinadores, árbitros, funcionários e executivos que desejam participar do futebol profissional feminino.
A estrutura de remuneração da liga e os padrões profissionais serão consistentes com as ligas profissionais masculinas da USL. A marca USL Super League, declarou a Liga de Futebol, refletirá esse compromisso com a igualdade de gênero. Reafirmou também que o portfólio da USL é construído sobre uma estrutura de sucesso reconhecida e comprovada no futebol internacional.
Expectativas para a USL Super League
A USL Super League espera dobrar o número de times de futebol feminino profissional nos Estados Unidos. Especialmente quando sua temporada inaugural começar em 2023. Esta competição e a pré-profissional USL W League complementam-se. Elas irão gerar entusiasmo dos fãs e a estimular o interesse de clubes e cidades de todo o país.
Para sua temporada inaugural de 2022, a W League já anunciou seus primeiros 16 clubes. Ao total, espera que mais de 30 times entrem em campo em 2022. Esse crescimento reflete a maior demanda por futebol feminino de elite entre fãs, parceiros e investidores.
A liga USL W continuará a promover o futebol feminino universitário e seus mais de 900 programas como a base do domínio dos EUA no jogo mundial.
A USL continuará a expandir sua equipe de escritórios da liga. Com isso, pretende incluir um grupo de serviços de clube, para garantir que todas as equipes atendam ou excedam os altos padrões.
Além disso, a Super League da USL se beneficiará do cenário de mídia da organização, das parcerias comerciais e estratégicas e da presença nacional, com clubes em mais de 120 comunidades em todo o país.
Estádios específicos para futebol são a base sobre a qual a Super League da USL será construída. Os clubes do USL Championship e League One jogam em 26 locais específicos do futebol na América do Norte. E, de acordo com a previsão, outros 25-30 estádios serão construídos nos próximos cinco anos.
Assim, fica claro que a USL espera melhorar a proporção de times de futebol profissional e convidar jogadores e torcedores para se juntarem a eles na construção de um novo e excepcional nível de futebol feminino.
A USL Super League será rival da NSWL?
Na superfície pareça uma boa jogada para o crescimento geral do futebol feminino (mais competição!). Entretanto, o que pode ser visto futuramente é, na verdade, um resultado negativo para o crescimento do futebol feminino nos EUA.
Para começar, ter duas ligas de primeira divisão seria mais ou menos insustentável em qualquer país, muito menos nos EUA. A NASL falhou em sua busca para usurpar a supremacia nacional da MLS. E podemos presumir que o mesmo aconteceria se a USL desafiasse o NWSL.
Fundado em 2012, o NWSL desfruta de uma existência tênue, na melhor das hipóteses. Ainda em seus anos de formação, a liga lidou com várias equipes a mudar e desistir da competição. Muitas vezes, jogadoras muitas vezes tiveram que trocar manter outros empregos para ganhar um salário digno.
Mas esta entressafra parece diferente das anteriores porque oferece esperança. Pela primeira vez, o aumento de público pós-Copa do Mundo Feminino que a NWSL experimenta a cada quatro anos parece que irá durar. A participação geral aumentou em estádios. Além disso, novos patrocínios e acordos com a mídia estão a surgir e o salário mínimo subiu mais de 20%.
Nove clubes participaram da temporada 2019 da NWSL. A MLS possui quatro deles, a USL possui um e os restantes são independentes. O Louisville City, afiliado do USL Championship, deve entrar na liga em 2022. Com essas equipes a servirem como blocos de construção e potencialmente mais a vir de clubes da MLS e da USL, não faz sentido criar outra liga.
A NWSL é a primeira liga profissional feminina nos EUA a ter pelo menos nove times e a primeira a durar mais de três temporadas. Essas são estatísticas promissoras e embaraçosas ao mesmo tempo. Assim, espera-se que a NWSL e a USL Super League tenham uma competição direta.
A popularidade do futebol feminino ao redor do mundo
Nos últimos anos, houve vários recordes de público estabelecidos na Europa para uma partida de clube feminino. Por exemplo, a Juventus recebeu a Fiorentina na frente de quase 40.000 espectadores na Itália. Já o Atlético de Madrid recebeu o Barcelona na frente de quase 61.000 na Espanha.
A seleção feminina da Inglaterra jogou um amistoso diante de quase 78.000 pessoas no Estádio de Wembley, sem que fosse necessária nenhuma competição oficial.
Além disso, a Liga dos Campeões Feminina de 2019-2020 atingiu 97.909 espectadores ao total, mesmo durante o período da pandemia do COVID. E, pela primeira vez, esta competição contou com 62 times na fase de qualificatórias.
Até mesmo os sites de apostas estão a oferecer diferentes jogos de futebol feminino com várias opções, que vão desde as apostas simples ao complicado handicap asiático. Ou seja, um sinal claro de crescimento do desporto com o público.
Dessa forma, talvez a decisão da criação da USL Super League seja uma boa ideia de fato. Somente o futuro poderá determinar isso, mas, pelo que vimos, o novo epicentro do futebol feminino será a Europa.
Porém, para quem gosta de assistir ao desporto e apostar, quanto mais mercados, melhor, não é mesmo?