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A cada final de temporada paramos para discutir a desorganização dos regulamentos das competições de futebol. Não só do Brasil, mas do mundo todo. Dessa vez, o novo Mundial de Clubes, competição da própria FIFA, também é questão de polêmica.
No início de 2019, a FIFA propôs uma grande mudança no modelo do Mundial de Clubes, competição realizada a cada ano entre os campeões de cada continente da temporada. No formato proposto, o mundial seria realizado de quatro em quatro anos no país sede da Copa do Mundo e no lugar da Copa das Confederações.
Entretanto, essa reformulação não obteve uma boa recepção de ninguém. No Brasil, um certo desespero. Temos a total consciência que nossos clubes estão passos atrás dos clubes europeus e ainda sofrem boas dificuldades para vencer times de outros continentes. Por isso, um mundial de clubes a cada 4 anos, que aumentaria o número de equipes disputando, diminuiria completamente as nossas chances.
Felizmente, ou ainda, infelizmente, quem se posicionou contra o novo mundial de clubes foram os europeus. Enquanto observamos as propostas, a Associação de Clubes Europeus convocou uma coletiva de imprensa para reiterar o boicote ao possível novo campeonato.
Uma reclamação recorrente no futebol brasileiro é sobre o calendário da temporada, muito criticado por ser apertado. Uma rotina desgastante que fica ainda pior pelo tamanho geográfico de nosso país. Mesmo com um calendário menor, os clubes europeus demonstraram insatisfação com a possibilidade de aumentá-lo, pois aconteceria durante as férias do meio do ano. Essa foi uma das maiores reclamações que Andrea Agnelli, presidente da Associação expôs.
“Nós não podemos participar dessa competição neste momento por conta do calendário europeu. Dito isso, nós estamos à disposição para discutir mudanças futuras. Nós (os clubes) somos quem assumimos os riscos, nós investimos a longo prazo, nós investimos em jogadores, em infraestrutura, somos nós quem assumimos os riscos financeiros. Eu não entendo nem como podemos nos classificar para isso, porque não tivemos acesso à lista da Fifa.” – Andrea Agnelli, presidente da Associação de Clubes Europeus.
Essa reclamação veio após o anúncio da FIFA, mas antes mesmo dele acontecer, os clubes já haviam organizado uma carta de protesto contra a aprovação do novo torneio.
Quando e como? O novo Mundia de Clubes:
O novo Mundial de Clubes aumentará de 7 para 24 equipes do mundo todo. A Europa será o continente mais representado, com os oito times vencedores da Champions League e da Eurocopa entre os anos ociosos.
Logo atrás, vem a América do Sul com direito a seis clubes na competição, preenchidos pelos campeões da Libertadores, Sul-Americana e com os campeões da Supercopa Libertadores, um torneio paralelo com todos os clubes que venceram a competição internacional.
As outras vagas serão divididas entre as demais confederações continentais.
Por enquanto, o novo Mundial de Clubes continua de pé e tem data marcada para começar. A expectativa da FIFA é adota-lo a partir de 2021, em sua estreia na China. Porém, esse ano ainda acontecerá novas reuniões nos próximos meses para discutir o assunto.
Fica registrado que, se depender dos clubes europeus, essa proposta não sairá do papel, mas como não são eles que organizam, ela poderá acontecer. Se haverá um boicote ao ponto de manchar a competição logo em sua estreia, aí sim é capaz da FIFA voltar atrás.