- Botafogo e Vasco se enfrentam em busca dos melhores objetivos no Brasileirão O Estádio Nilton Santos recebe Botafogo e Vasco pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro, nesta terça-feira (05). - 5 de novembro de 2024
- “A torcida do Botafogo que me colocou ali. Nós somos um grande amor!”, diz Fernanda Maia Fernanda Maia é locutora do estádio do Botafogo desde 2019 - 5 de julho de 2024
- Almada desembarca no Galeão para se apresentar no Botafogo Thiago Almada se torna a contratação mais cara da história do futebol brasileiro, superando Luiz Henrique, também do Botafogo. - 4 de julho de 2024
Com tantas glórias na avenida, ninguém poderia imaginar que um dia, a Mangueira foi representada por um time de futebol. Principalmente, que o Sport Club Mangueira fosse um fracasso. Hoje em dia, só restou o recorde, que também é negativo.
Essa matéria abre uma minissérie de textos sobre equipes do futebol brasileiro que remetem ou tem relações diretas com agremiações de escolas de samba. Em meio ao Carnaval, contaremos em tom de enredo, situações interessantes e até marcantes na história do futebol brasileiro.
Começamos então pelo Sport Club Mangueira, uma das equipes mais antigas do futebol carioca que terminou antes mesmo do nascimento da famosa escola de samba. Diferente da linda história da Estação Primeira, o Sport Club não conseguiu viver dias de glória.
Fundado em 29 de julho de 1906 por operários da fábrica “Chapéus Mangueira”, o time rubro-negro – sim, bem diferente da escola de samba – ficava localizado na verdade, na Tijuca, bairro mais requintado do que o famoso morro da Mangueira.
Mas de fato existe uma ligação entre o time e a comunidade. O local em que ficava localizada a fábrica era conhecido pela grande produção de mangas (sim, a fruta). A partir desse ponto de referência, a fábrica, então chamada de “Fábrica de Fernandes Braga”, passou a se chamar “Fábrica de Chapéus Mangueira”. Consequentemente, as coisas ao seu redor também foram sendo batizadas assim. Desde a estação de trem, até as elevações que formam o morro. A maior parte dos funcionários da fábrica moravam na Mangueira.
Sport Club Mangueira no livro dos recordes!
O Mangueira entrou literalmente para a história, inclusive, no livro dos recordes. Convenhamos que por um motivo não muito legal, mas que de fato marcou a história do clube e, hoje em dia, é o que faz as pessoas se lembrarem da equipe, que sofreu a maior goleada da história do futebol brasileiro diante do Botafogo.
No dia 30 de maio de 1909, no antigo campo da Rua Voluntários da Pátria do Botafogo, o Mangueira perdeu por um resultado espantoso: Botafogo 24 x 0 Mangueira. Entre todos os fracassos, a pior humilhação. Antes de completar dois anos de vida, o time já se mostrava um desastre.
Além do Botafogo, outro clube carioca marcou seu nome contra o Mangueira. A maior goleada da história do Flamengo também foi em cima do rubro-negro tijucano. O clube da Gávea venceu por 16 x 2, sem dó nem piedade.
Com tantos resultados ruins, o time foi enfraquecendo até entrar na onda do fim das antigas fábricas, que marcou também a extinção de diversos clubes cariocas. Cerca de 30 times encerraram suas atividades. Em 1927, o Mangueira foi então extinto. A equipe foi incorporada ao Flamengo, que possuía as mesmas cores.
Um ano depois do fim da equipe, em 1928, surgiu então a Estação Primeira de Mangueira. A segunda escola de samba que mais venceu títulos no carnaval carioca. Dessa vez, a história foi bem diferente. A Mangueira hoje é um dos maiores orgulhos da comunidade e tem papel fundamental no carnaval.
O SC Mangueira participou de onze campeonatos cariocas (1909, 1912 e 1913, 1917 a 1924) e sua melhor colocação foi um oitavo lugar entre dez equipes. O estádio do clube, que ficava localizado na Rua Desembargador Isidro, hoje reside parte do clube Tijuca Tênis Clube.
