Neymar e o bônus ético do PSG. Crédito: Aurelien Meunier/Getty Images)
Futebol, Futebol Internacional

Neymar ganha “bônus ético” milionário do PSG para ser educado

Desabafos como o de ontem (09/09/2021) de Neymar pela seleção brasileira não são normais pelo PSG. No clube, o atleta recebe um “bônus ético” para ser “cortês, simpático, e estar à disposição da torcida”.


Nem tudo que está incluso no salário astronômico de Neymar no PSG é pago sem metas. Na verdade, existem gatilhos e bonificações. Para isso, é preciso cumprir alguns requisitos. Entre eles, existe o “bônus ético”, que se cumprido à risca, pode chegar ao valor de 6,5 milhões de euros (cerca de R$ 40 milhões).

Mas o que é o bônus ético? Nada mais que algumas normas de conduta como: ser cortês, pontual, simpático e disponível para a torcida. Desde que firmou esse contrato com o PSG em 2017, Neymar jamais foi multado pelo clube mesmo descumprindo esse bônus ético algumas vezes. Em determinados jogos, Neymar não saldou a torcida como manda o manual. Contudo, o PSG relevou por ele ter sido vaiado pelos torcedores.

Entretanto, em 2019 Neymar se envolveu em uma polêmica maior: ao perder o título da Copa da França contra o Rennes e ser provocado por um torcedor, Neymar deu um soco na cara desse adepto. Contudo, o PSG não revelou se houve desconto nesse bônus ético. Na ocasião, a federação francesa puniu o jogador com três jogos de suspensão e encerrou a temporada dele.

O bônus ético é universal?

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Cada clube define o contrato com os seus jogadores. No caso do PSG, todos os atletas de todos os esportes possuem esse bônus ético. Não é algo exclusivo do Neymar. Desde o primeiro contrato nas categorias de base, todos cumprem com esse bônus.

Nesse bônus do PSG, são levadas em consideração outras regras éticas além das já citadas: comportamento exemplar em relação a parceiros, adversários, árbitros e delegados oficiais; pontualidade e diligência em todo treinamento; a ausência de apostas relacionadas a competições nas quais o Clube participa ou o respeito aos compromissos do jogador com a mídia.

Mas como um atleta perde parte de seu bônus de ética? Apenas em casos excepcionais. Entre eles: ausências injustificadas ou comentários negativos. Com isso, o dinheiro que o atleta receberia vai direto e inteiramente para a Fundação Paris Saint-Germain.

Mas eis a discussão: é certo propor um bônus milionário para uma questão ética ou deveria ser uma premissa básica sem dinheiro envolvido? Deixe sua opinião!

Daniel Dutra

Jornalista e fundador da PressFut. Também atua no SBT e na Rádio Tupi.
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