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Líder do brasileirão, o Internacional de Coudet faz valer a colocação. Ainda é muito cedo para projetar um título, mas a equipe tem brigado de forma consistente. Mesmo sem destaques milionários, Coudet extrai muito de suas peças.
Começando pela formação tática, o Internacional de Coudet atua no 4-1-3-2. Todavia, mais do que o posicionamento dos jogadores, Coudet pensa estratégias para extrair mais de uma função para determinadas peças. Por isso, quando Paolo Guerreiro se machucou, o novo centroavante do time escolhido pelo treinador foi Thiago Galhardo. Como sabemos, essa não é a posição de origem do brasileiro. Contudo, a estratégia montada, permite que ele tenha um ótimo rendimento jogando assim. Não atoa, é o artilheiro e líder de assistências do campeonato brasileiro. Ou seja, a estratégia de jogo pode mudar a cada partida, sem precisar necessariamente, mudar as peças e a formação. Mas obviamente, não é uma regra. Coudet já utilizou formações diferentes. Como o 4-2-2-2 por exemplo.
Entre os princípios de jogo, os principais são: intensidade e posse de bola. Esses dois são inegociáveis em todas as fases do jogo. Entre eles, a intensidade se sobressai um pouco. Quando Coudet chegou ao Inter, a mudança pegou todos atletas de jeito. Thiago Galhardo revelou que no início quase passou mal com o ritmo de treino do argentino. Portanto, quando o Internacional está sem a bola, muita intensidade para pressionar e recupera-la. Como o 4-1-3-2 é um sistema de jogo um pouco ofensivo, ele ajuda nessa pressão alta da equipe. Quando possui a bola, trabalha a posse.
Vigor físico
O posicionamento dos jogadores ajudam a encaixar a marcação aos adversários. Na maioria dos jogos do campeonato, o Inter não teve dificuldade em pressionar. Pois o posicionamento facilitou. Quando precisou abaixar o bloco de marcação e esperar o adversário no seu campo defensivo, a equipe compactou bem suas linhas, o que permitiu continuar fazendo pressão, mesmo em seu próprio campo.
Para isso, é realmente necessário ter um bom vigor físico. Não necessariamente um porte físico. Ou seja, quando Coudet fez os jogadores passarem mal no início da temporada, ele projetava o que a equipe precisaria. Como o time pressiona muito, os jogadores, principalmente do meio campo, se movimentam constantemente. No exemplo abaixo, podemos ver que, quando o adversário abre o jogo pela beirada, o primeiro combate é de um dos meias abertos do Inter. E não o lateral. Com isso, os companheiros flutuam para manter a compactação da equipe. A flutuação é muito presente no jogo da equipe. Tanto em lances assim, como em viradas de bola do adversário também.
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Lavolpiana
A famosa saída lavolpiana também se faz presente no Internacional de Coudet. Quando sai com a bola, o Inter forma uma linha de 3 na defesa e avança com os laterais dando amplitude para a equipe. Dessa forma, puxam a marcação e abrem espaço no meio campo para uma saída de bola mais qualificada. Normalmente, além do volante que recua para a defesa, um outro meio campo se apresenta como opção para o passe. Dessa forma, o Inter forma um losango com quatro jogadores.
Ao avançar, o Inter força a equipe adversária a abaixar seu bloco de marcação. Dando profundidade para a equipe. Muitas vezes, vemos o time inteiro do Inter trocando passes no campo adversário. Quando isso acontece, os laterais que dão amplitude, aparecem com mais liberdade para participarem do momento ofensivo. Consequentemente, o Inter trabalha com ultrapassagens. Normalmente, elas desmontam a linha de marcação adversária e deixa os atacantes livres na área para definir a jogada.
Projeções para o Internacional de Coudet
Como dito anteriormente, ainda é muito cedo para projetar o Inter campeão. Entretanto, a constância da equipe é positiva. Ainda que tenha tropeçado algumas vezes e deixado de abrir vantagens mais longas na liderança. Por sorte, os adversários também não fazem tanta questão de ser campeão. Mas se formos falar de elenco, o Inter faz muito mais com muito menos. Os principais rivais na disputa pelo título são: Flamengo e Atlético-MG. Duas equipes que gastaram rios de dinheiro em contratações milionárias. Todavia, o Inter montou uma equipe com jogadores que não tinham mais espaço nessas mesmas equipes por exemplo. Como o lateral Rodinei, ex-Flamengo.
Portanto, o Internacional de Coudet está longe de ter um ótimo elenco. Mas o treinador extrai muito de suas peças. Será difícil, até o final do campeonato, manter um alto nível de competitividade com os rivais. Entretanto, não é nada impossível para o campeão do primeiro turno. Aproveitando momentos brilhantes de seus atletas, como Thiago Galhardo, é possível sim, sonhar com o título do brasileirão. Se isso acontecer, grande parte do mérito será do argentino Eduardo Coudet.